Histórias

sexta-feira, outubro 02, 2015

Faculdade

 
 Tan, tan, tan, tan, tan.
Pétalas e espinhos numa só essencial.
Doce derramando-se.
Um, dois, um.
De um lado a outro.
Do outro ao início.
Encontro, encontros, reencontros.
Gotas de doces.
Tan, tan, tan.
http://jiwoonpak.com/work/view.html?product_no=77&cate_no=46&display_group=1

Sentada na escada, lembrando as certezas, desejos, incertos pensamentos. Criando futuras danças, futuros encontros, futuros, criando futuros. Desencantos desenrolando, desdobrando  do embrulho que nada guardou. Papel simplesmente amassado, tiveram vontade e o amassaram, sem piedade, nem lembraram do que ele foi, se ele foi algo. Vivo. Existido simplesmente, sem função que fosse. O papel não merecia que se preocupassem, ou merecia se tivesse sido parte de algo grande, algo vivo, algo ouvinte. Balançando o que tem, dançando com o vento, rebolando as partes de si. Girando, indo, deixando de ser, renascendo. Ser que é, apenas por aqui estar. Aqui neste mundo, nesta vida, nestes lugares vazios e lotados de corpos vazios. Buracos nos corpos que não são devidamente preenchidos, não podem ser de forma alguma, pois não existem. O inexistente é o que é. E, na escada, sentada, ela criava cinzas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça tudo com moderação (a não ser que tenha a ver com o amor). ;)