Histórias

sábado, fevereiro 21, 2015

#365

Era um conto. Contando a vida das pessoas mais felizes e bonitas que estão em imaginações. Encontros marcantes e inusitados, não aconteceriam não fosse o conto. A história que contam não é a real, é apenas um conto. Quando pegarem a vida de uma mãe, ela se mostrará sempre feliz e possuidora de filhos constantemente amados. Não lembram das crises, estas são feitas de vida real. Em contos pode haver crises, mas crises que, mesmo sendo crises, são um desejo de consumo, pois são diferentes, mas dignas.
Viver é um pouco diferente do que se conta. Ela não é uma coisa, não é um resumo, não é uma definição, não é o que está aqui. A vida é indefinível, e está é a melhor definição. Viver ou existir. Não é apenas dois caminhos, há milhares, há milhões. Novas escolhas são criadas, novos caminhos construídos. Quando alguém inventa algo, outros seguem o caminho pela incapacidade de construírem um "conto só seu". Não tem que ser igual, não tem que ser parecido, não tem que ser normal. Pode ser o que for, o que der.
Ser é tão bom. Você flutua em si mesmo, como se você fosse o vento e pena. Viaja em si mesmo, percorre, caminha, veleja. O conselho mais difícil de seguir e que sempre se ouve: se joga. Ser um jogo, fazer o próprio jogo, portanto, a própria diversão.